Não quero chorar pelo que não fiz
nem pelas feridas que não sulquei
Quero sair no domingo
tomar um porre
ver gente
falar de amor
dizer e redizer bobagens
ir à praia
e rever imagens
de nem sei quem
Não quero vestir a roupa da moda
nem despir os que não têm
Quero fazer poesia
esquecer teorias
mentir
sorrir
contar os meus casos
a todos que neles crêem
Não quero lutar por nada
nem por ninguém
Quero fazer besteiras
escorregarno vento
molhar meus olhos
neste mar imenso
mexer com os outros
cuspir no chão
e cair na asneira
de dizer não
Não quero viver de gestos
nem de restos também
Quero querer mais fundo
acreditar em tudo
amolecer o escudo
que a todos cobre
e bem
Não quero ser mais um
nem todos
Quero perder no jogo
ganhar coragem
e dizer pro mundo
que me apaixonei
(Poema publicado em DESCOMPASSO, 1975)
OLÁ PATRICIA!! COMO SÃO AS COISAS ....TENHO ESTA POESIA MARAVILHOSA DESDE ESSA ÉPOCA, 1975, E ME FOI DADA POR UMA MOÇA QUE ESTUDAVA COMIGO LÁ DE CARATINGAS.....ATÉ HOJE O POEMA ERA "DELA". FICO FELIZ EM CONHECER A AUTORA VERDADEIRA!!!! NÃO ENTENDO ESSA NECESSIDADE BOBA E INFELIZ DE ALGUMAS PESSOAS. O IMPORTANTE É NAQUELA ÉPOCA, AINDA NA MINHA ADOLESCÊNCIA BEM CONTURBADA, ESTE SEU POEMA ME AJUDOU DEMAIS E O TENHO ATÉ HOJE GUARDADO COM A MINHA LETRA DA ÉPOCA EM UM QUADRINHO QUE FIZ. TÁ ESTÁ POSTADO NO MEU FACE!!! NUNCA É TARDE PARA AGRADECER AOS POETAS E POETISAS QUE TÃO BELAMENTE NOS INVADEM A ALMA E FALAM POR NÓS!!
ResponderExcluirUM BEIJO!!
ITANIR SOLER
Patricia, Achei este poema nas minhas anotações antigas e não sabia de quem era. Tinha esse poema escrito no meu quarto de adolescente. Parabéns, lindo poema !
ResponderExcluir